Ter ou não ser?
A eterna discussão sobre consumismo.
A questão do "ter ou não ser" é uma reflexão crucial que o homem moderno precisa enfrentar em sua vida diária.
Em uma sociedade em que o sucesso é muitas vezes medido pela quantidade de bens materiais que possuímos ou pela posição social que ocupamos, muitos indivíduos se veem constantemente lutando para alcançar uma vida de conforto e luxo.
No entanto, essa busca incessante pelo ter pode muitas vezes nos afastar daquilo que é realmente importante, como nossos relacionamentos, nossa saúde mental e nosso propósito de vida.
É importante lembrar que a felicidade não pode ser comprada com dinheiro ou status social.
Em vez disso, a felicidade é encontrada ao abraçar quem somos e encontrar significado em nossas vidas, independentemente de quais bens materiais possuímos ou da posição social que ocupamos.
O "ser" é a chave para uma vida plena e significativa, e a busca pelo ter deve ser equilibrada com um foco no nosso desenvolvimento pessoal e em nossos relacionamentos interpessoais.
Meu ponto de partida é a Pirâmide de Maslow.
- necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, abrigo;
- necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
- necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
- necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
- necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser:
Compreendendo a pirâmide
Nota-se que o gosto pelo supérfluo, de acordo com Maslow não se encontra em nenhum degrau da pirâmide, o que não significa que foi ignorado, mas que provavelmente esteja embutido em outra categoria.
Se considerarmos que o supérfluo serve para satisfação pessoal, e que esta satisfação estaria ligada à busca pela aprovação social, então para alguns o consumismo estaria encaixado no terceiro degrau da pirâmide onde o que conta é a busca pelo pertencimento, pois nesse caso ter é igual a ser.
Exemplo: se um indivíduo tem um carro novo, significa que (aparentemente) pertence a uma classe social privilegiada; se usa determinadas grifes, então pertence também a determinada classe de pessoas.
Uma crítica ao consusmismo
No entanto, as coisas não ocorrem desta forma: o consumismo não enconbre miséria psíquica que desfila nas passarelas da vida.
Com certeza, lembrar que "ser" é diferente de "ter" é fundamental para uma vida saudável e equilibrada.
Muitas vezes, a sociedade moderna nos faz acreditar que o nosso valor como pessoa é determinado pelo que possuímos e pelo que consumimos, o que pode levar a uma busca incessante pelo ter.
No entanto, isso pode ser um equívoco perigoso, pois a verdadeira felicidade e realização vêm de dentro de nós mesmos e não podem ser encontradas nas coisas materiais que possuímos.
Além disso, a crença de que somos o que consumimos pode nos levar a um ciclo vicioso de consumo excessivo e desperdício, o que pode ter um impacto negativo em nosso meio ambiente e em nossa própria saúde mental e emocional.
É importante lembrar que o consumo excessivo pode ser uma tentativa de preencher um vazio interior, e que encontrar significado e propósito em nossas vidas pode nos ajudar a superar essa necessidade de consumir excessivamente.
Em resumo, lembrar que "ser" é diferente de "ter" significa reconhecer que nossa identidade e nosso valor como pessoa vêm de dentro de nós mesmos e não dependem do que possuímos ou consumimos. I
sso pode nos ajudar a encontrar um equilíbrio saudável entre o consumo responsável e o desenvolvimento pessoal, e a criar uma vida mais significativa e realizada.
Por isso é bom refletir antes de sair pra "gastar um pouquinho e espairecer", pois isso pode ser considerado como uma fuga da realidade, e as fugas não solucionam nenhum conflito.
Vale a pena refletir: o que se busca na Etiqueta, na Marca, na Grife. Que identidade estaria escondida por trás da etiqueta. "Quem eu sou"e "Quem estou buscando ser".
Lembrando sempre que SER é muito diferente de TER! Você não é o que consome.
Como a psicologia entende o consumismo.
Os psicólogos têm muitos pontos de vista diferentes sobre o consumismo, mas em geral, eles concordam que o consumismo pode ter consequências negativas para a saúde mental e emocional das pessoas. Aqui estão alguns exemplos:
- Dependência do consumo: Os psicólogos alertam que o consumismo excessivo pode levar a uma dependência do consumo, semelhante a outras dependências comportamentais, como jogos de azar ou vício em internet. As pessoas podem sentir uma necessidade constante de comprar mais coisas para se sentirem felizes, e isso pode afetar negativamente sua saúde mental.
- Autoestima e identidade: O consumismo também pode afetar a autoestima e a identidade de uma pessoa. Quando as pessoas associam sua autoestima e identidade a coisas materiais, elas podem ficar mais vulneráveis a sentimentos negativos, como insatisfação e inveja, quando não têm o que querem. Isso pode levar a um ciclo de consumo excessivo para tentar preencher esse vazio.
- Impacto social e ambiental: Os psicólogos também alertam que o consumismo pode ter impactos negativos no meio ambiente e na sociedade. O consumo excessivo pode levar ao desperdício, à exploração de recursos naturais e a problemas sociais, como desigualdade econômica.
Em resumo, os psicólogos alertam que o consumismo excessivo pode afetar negativamente a saúde mental e emocional das pessoas, bem como ter impactos negativos no meio ambiente e na sociedade. É importante que as pessoas reflitam sobre seus hábitos de consumo e trabalhem para encontrar um equilíbrio saudável entre o consumo e o desenvolvimento pessoal.
Aqui estão algumas fontes confiáveis sobre o consumismo:
Instituto Akatu: uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo promover o consumo consciente e sustentável.
O site do Instituto Akatu tem muitos recursos e informações úteis sobre o impacto do consumismo na sociedade e no meio ambiente.
Greenpeace: uma organização global de proteção ambiental que trabalha para combater a degradação ambiental e promover a justiça social. O site do Greenpeace fornece informações sobre as consequências negativas do consumismo desenfreado.
Organização das Nações Unidas (ONU): a ONU é uma organização internacional que trabalha em várias questões, incluindo desenvolvimento sustentável e meio ambiente.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) têm muitas informações úteis sobre o impacto do consumismo no meio ambiente e na sociedade.
Revista Época: a revista brasileira Época publica regularmente matérias sobre consumo e sustentabilidade, abordando questões relacionadas ao consumismo excessivo e à necessidade de um consumo mais consciente.
National Geographic: a National Geographic é uma das principais publicações de ciência e meio ambiente do mundo, e publica regularmente matérias sobre questões ambientais relacionadas ao consumismo.
The Story of Stuff: um documentário lançado em 2007 que explora o impacto do consumo excessivo e da produção em massa na sociedade e no meio ambiente.
O site do documentário tem muitos recursos úteis, incluindo informações sobre como reduzir o consumo e viver uma vida mais sustentável.
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