Terapia para compulsão alimentar
O tratamento para a compulsão alimentar envolve:
Psicoterapia Cognitivo-Comportamental;
Acompanhamento com Médico Endocrinologista e Nutricionista;
em alguns casos, o uso de medicamentos.
Psicoterapia Cognitivo-Comportamental;
Acompanhamento com Médico Endocrinologista e Nutricionista;
em alguns casos, o uso de medicamentos.
Como a Terapia para compulsão alimentar pode ajudar
Terapia Cognitivo Comportamental para tratamento de Compulsão Alimentar
Muitas pessoas procuram Terapia para compulsão alimentar, depois de passarem pela nutricionista, para que recebam a ajuda emocional necessária para conseguirem mudar os hábitos alimentares e aderirem à dieta alimentar, para conseguirem os ajustes no peso corporal.
O processo de mudança alimentar é um grande desafio que exige mudanças em outras áreas da vida também.
Não basta apenas força de vontade, é preciso que haja mudanças na ideologia do comportamento alimentar e na relação com a comida.
Às vezes, as relações sociais precisam também ser revistas.
A relação com os alimentos também é trabalhada na Terapia Cognitivo-Comportamental, uma vez que algumas pessoas usam os alimentos com finalidade reforçadora ou compensatória.
Esta distorção do uso dos alimentos, pode gerar o transtorno da Compulsão alimentar, que pode ser prejudicial, uma vez que o paciente desenvolve uma relação de dependência com o alimento.
A terapia cognitivo comportamental para emagrecimento baseia-se na aplicação do método de Judith Beck chamado, Pense Magro.
Segundo ela,
Devemos concordar que basta decretarmos a dieta, para então os pensamentos e tentações tornarem-se mais próximos e irresistíveis.
É necessário lidar com insegurança, estresse, desejos.
Todos reconhecem que vencer a compulsão alimentar é uma tarefa difícil, e modificar uma uma dieta significa lidar com os pensamentos sabotadores.
Isto significa que é preciso fazer uma reestruturação cognitiva e emocional, além de mudar efetivamente a dieta alimentar
O tratamento comportamental convencional para perda ponderal apresenta eficácia a curto prazo na redução da compulsão alimentar, mas os pacientes tendem a recair.
O transtorno da Compulsão alimentar (TCAP).
De acordo com o DSM-V, O transtorno da Compulsão alimentar (TCAP):
"Caracteriza-se por episódios recorrentes de consumo de grandes quantidades de alimentos com sensação de perda de controle.
Eles não são seguidos por comportamentos compensatórios inapropriados, tais como indução de vômitos ou abuso de laxantes.
O diagnóstico é clínico. O tratamento é com terapia comportamental cognitiva ou, às vezes, psicoterapia interpessoal"
O transtorno de compulsão alimentar acomete em torno de 3,5% das mulheres e 2% dos homens na população geralmente durante suas vidas.
Diferentemente da bulimia nervosa, o transtorno de compulsão alimentar ocorre mais frequentemente entre pessoas obesas e contribui para o consumo calórico excessivo; pode estar presente em ≥ 30% das pessoas obesas em alguns programas de redução de peso.
Em comparação com pessoas com anorexia nervosa ou bulimia nervosa, aqueles com transtorno de compulsão alimentar são mais velhos e têm mais chance de serem homens.
Sinais e sintomas do transtorno da compulsão alimentar
Durante um episódio compulsivo,
- consomem uma quantidade de alimentos muito maior do que a maioria das pessoas comeria em um período de tempo semelhante sob circunstâncias similares.
- as pessoas se sentem como se tivessem perdido o controle.
- não é acompanhada de purgação (indução de vômitos, mau uso de laxantes, diuréticos ou enemas), exercício excessivo ou jejum.
- é episódica; não envolve comer em excesso constantemente (“lambiscar”).
- As pessoas com esse distúrbio ficam geralmente incomodadas com ele.
Depressão leve a moderada e preocupação com a forma e peso corporal, ou ambos, são mais comuns em pessoas obesas com transtorno de compulsão alimentar do que em pessoas com peso similar sem compulsão alimentar.
“Na base do diagnóstico de TCAP estão os episódios recorrentes de compulsão alimentar, que, como já referido, envolvem duas características principais: o excesso alimentar (para o tempo de duração da ingestão) e a perda de controle.
Também se discute aqui a necessidade da presença do excesso alimentar (primeira característica) com base no achado de inexistência de associação entre a quantidade de alimentos ingeridos e a gravidade do TCAP por alguns autores.
O tempo de duração deve ser delimitado, em torno de duas horas no máximo.
Ressalta-se, no entanto, que pacientes com TCAP apresentam dificuldades para circunscrever os episódios de compulsão alimentar em virtude de não apresentarem o engajamento em métodos compensatórios subseqüentes aos mesmos (como ocorre na Bulimia Nervosa).
Tal aspecto torna difícil a delimitação do final do episódio e, por conseguinte, a contagem do número de episódios apresentados em um dia pelos pacientes.
Assim, tem-se considerado a contagem do número de “dias” com compulsão por semana, ao invés do número de episódios por semana (critério da Bulimia Nervosa).
Quanto à segunda característica, a perda de controle, esta permanece fundamental para a definição de compulsão alimentar.
No TCAP também se discute a arbitrariedade da definição de freqüência mínima de compulsão (duas vezes por semana), já que não se justifica em termos de gravidade clínica dos pacientes.
Porém, a adoção de um limiar se faz importante para que haja padronização da população estudada e para evitar que se diagnostique “doença” em indivíduos com episódios eventuais.” (Claudino e Borges, 2002)
Diagnóstico do transtorno de compulsão alimentar
Critérios clínicos
- A compulsão alimentar ocorre, em média, pelo menos 1 vez/semana por 3 meses
- Os pacientes têm sensação de falta de controle em relação à alimentação
Além disso, ≥ 3 dos seguintes deve estar presente:
- Comer muito mais rápido do que o normal
- Comer até se sentir desconfortavelmente cheio
- Comer grandes quantidades de alimento quando não se sentindo fisicamente com fome
- Comer sozinho por vergonha
- Sentir-se nauseado, deprimido ou culpado depois de comer excessivamente
O transtorno de compulsão alimentar é diferenciado da bulimia nervosa (que também envolve compulsão alimentar) pela ausência de comportamentos compensatórios (p. ex., vômitos autoinduzidos, uso de laxantes ou diuréticos, excesso de exercícios, jejum).
Pontos-chave
Pessoas com transtorno de compulsão alimentar tendem a ter excesso de peso e obesidade.
Diagnosticar o transtorno de compulsão alimentar com base em critérios clínicos (incluindo compulsão alimentar pelo menos, em média, uma vez/semana durante 3 meses, com uma sensação de falta de controle em relação à alimentação).
Tratar com terapia cognitivo-comportamental ou psicoterapia interpessoal e, às vezes, fármacos
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Transtornos alimentares envolvem uma perturbação persistente de comer ou do comportamento relacionado com a alimentação que
Altera o consumo ou absorção dos alimentos
Prejudica significativamente a saúde física e/ou funcionamento psicossocial
Pessoas com transtorno de compulsão alimentar tendem a ter excesso de peso e obesidade.
Diagnosticar o transtorno de compulsão alimentar com base em critérios clínicos (incluindo compulsão alimentar pelo menos, em média, uma vez/semana durante 3 meses, com uma sensação de falta de controle em relação à alimentação).
Tratar com terapia cognitivo-comportamental ou psicoterapia interpessoal e, às vezes, fármacos
Altera o consumo ou absorção dos alimentos
Prejudica significativamente a saúde física e/ou funcionamento psicossocial
Referências:
https://www.mundoboaforma.com.br/32-ensinamentos-do-livro-pense-magro/#rTAuQZX3oCTkYhsY.99
DSM-V
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-alimentares/transtorno-de-compuls%C3%A3o-alimentar
Claudino, Angélica de Medeiros;Borges, Maria Beatriz Ferrari. Rev Bras Psiquiatr 2002;24(Supl III):7-12. Disponível em
https://www.scielo.br/j/rbp/a/XS563y7fMmQ85MCnprrFhfD/?lang=pt&format=pdf. Acesso em 15/07/2022
Psicóloga SP - Psicoterapia Humanizada na Bela Vista
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