A dificuldade de relacionamento

A dificuldade de relacionamento

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Por que algumas pessoas apresentam mais dificuldade em se relacionar que as outras? 

O tema não é fácil e abre diversas possibilidades de entendimento. A proposta aqui não é esgotar o assunto, mas ao contrário, buscar novas formas de entendimento.


Aquilo que para alguns é tão natural, para outras é um pesadelo, preferindo abster-se do convívio social, isolando-se ou buscando apenas relacionamento na internet, onde não precisam se expor com totalidade, podendo "deletar os indesejáveis" quando bem entender.


Não vamos considerar como dificuldade o simples fato de um indivíduo se desentender somente com uma ou duas pessoas. Isto pode ser uma questão de ajuste na relação e é assunto pra outro tópico. O foco aqui são as dificuldades que trazem limitações e prejuízos sociais, afetivos e financeiros.


Em alguns casos, a história de vida de alguns indivíduos aponta para ocorrências limitadoras durante a infância ou adolescência, levando-os a se sentirem "inferiores", ou "superiores" aos demais. Isto pode colaborar para que alguns indivíduos acumulem pequenas dificuldades para se relacionar e num dado momento percebem que não conseguem mais se relacionar de forma saudável em nenhum contexto.

Precisamos considerar que no momento histórico que atravessamos somos ensinados (através da mídia, principalmente) a temer e desconfiar de todos. Desta forma, formam-se "classes" de pessoas com interesses divergentes, o que desfavorece a formação de novos vínculos. 

Como deixar de lado as diferenças e estabelecer relações saudáveis, se não formos ensinados? Como deixar de temer o diferente? Como confiar no outro? Bem, são questões difíceis e exigem muita reflexão, amadurecimento afetivo e senso crítico bem desenvolvido.
Algumas variáveis desfavorecem as interações sociais:

Timidez excessiva


Pessoas que se consideram muito tímidas geralmente têm medo da reação do outro, durante os momentos de interação social. 


A vergonha que sentem indica uma tendência à acomodação, uma vez que é mais cômodo "ficar na sua", do que correr o risco de ser alvo de chacotas ou desagrado.


Em geral, pois não desenvolveram formas de lidar com a possibilidade de rejeição ou desagrado da outra parte, o que os leva a se relacionar o mínimo possível. Não funciona muito exigir que se “solte mais”. Ele sabe disso melhor que qualquer um. Apenas não sabe exatamente como fazer isso



Sentimento de rejeição crônica


Indivíduos que apresentam sentimentos crônicos de rejeição, geralmente têm dificuldades de se relacionar com qualquer pessoa, pois se consideram inferior a todos. Geralmente, justificam sua dificuldade com frases do tipo:

“Não tenho assunto”;“Sou feio(a)”;“Não sou inteligente”;“Sou rejeitado”.

Sua visão de mundo é catastrófica: acredita que as coisas boas só acontecem aos outros, menos com ele. 

Sentimento de superioridade

Alguns indivíduos apresentam autoimagem distorcida sobre si mesmos, considerando-se "superiores" aos demais, seja em termos de beleza, riqueza, bondade, poder aquisitivo, classe social, cultura, gostos, etc. Estes indivíduos tendem a ser absurdamente seletivos em suas interações sociais, muitas vezes a humilhar pessoas que consideram "inferiores".


Neste caso, a dificuldade de relacionamento é causada pela falta de humildade e empatia, pois estes indivíduos tendem a ser seletivos, escolhendo se relacionar apenas com pessoas que supostamente "estejam à sua altura". Esta escolha é fadada ao fracasso, por dois motivos:


1) Pela cegueira afetiva: não conseguir enxergar as qualidades do outro, focando apenas os defeitos;

2) Pelo narcisismo exacerbado: não desejam simplesmente se relacionar, mas sim, cercarem-se de pessoas que possam cultuá-los, prestando-lhes "homenagens e adoração"

Como lidar

Para modificar este quadro, é importante:

  • Ressignificar a auto imagem, quebrar conceitos e preconceitos, desfazer ideias cristalizadas a respeito de si mesmo e do mundo, abrir-se ao outro, deixar de lado (na medida do possível) o sentimento de superioridade, pois são barreiras que contribuem para o isolamento social, trazendo prejuízos em todas os contextos. 

  • Compreender o que é um relacionamento - Relacionamentos são vias de mão dupla. É preciso disposição para compreender e se adaptar ao outro. 

  • Romper as barreiras - Passar em revista seus valores e verifique se não é você que está rejeitando o mundo a sua volta. Algumas pessoas tendem a eliminar certos relacionamentos por medo de ser "contaminados" pelas ideias alheia e desta forma, perdem a chance de conhecer pessoas maravilhosas e viverem bons momentos. Se este não é seu caso, ótimo. Se for, verifique o que é melhor: conviver com suas ideias cristalizadas e na solidão ou abrir mão delas e estabelecer relacionamentos saudáveis? 

  • Estar disponível: Bons amigos ou parceiros afetivos não caem do céu. Estas relações precisam ser cultivadas. Por isso é importante sair do ostracismo e demonstrar desejo de proximidade por meio de atitudes simples. 

Conclusão

Se você convive com pessoas que têm dificuldade de relacionamento, saiba que a solução não é forçar o indivíduo a se relacionar, ao contrário, devem-se buscar os reais motivos que conduziram este indivíduo a esta situação de isolamento, portanto cuidado para não invadir o espaço da pessoa ao tentar ajudar. Pode ser que ela não queira a sua ajuda. Se precisar, com certeza pedirá.


Seja lá qual for o motivo que leva o indivíduo a não se expor, só podemos considerar como problemático o comportamento de esquiva que tiver trazendo sofrimento para o indivíduo. Nestes casos, sugiro que busque por apoio terapêutico.

Para saber mais sobre A dificuldade nos relacionamentos afetivos, clique aqui. 


Referências

ABREU, C. N. de. Tipos de apego: Fundamentos, Pesquisa e Implicações Clínicas. São Paulo. Casa do Psicólogo, 2005.


LEVINE, A; HELLER, R.S.F. Apegados: um guia prático para estabelecer relacionamentos românticos e duradouros. Ribeirão preto. Ed. Novo Conceito: 2013.






Conheça Psicóloga Maristela Vallim. Botari
CRP-SP 06-121677





Desde 2013, atuando exclusivamente ncomo psicóloga clínica em SP, tratando pacientes com Depressão, Ansiedade, fobias, crises de pânico, prevenção ao suicídio.







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Leia também alguns artigos neste Blog da Psicóloga SP 
(Psicologia Sem Fronteiras)


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