Embora sejam sentimentos distintos, a inveja e o ciúme são muitas vezes confundidos, pois são vivenciados com alguma intensidade. A diferença básica é que o ciúme envolve três elementos, enquanto a inveja envolve apenas dois
A etimologia da palavra inveja é formada pelos étimos latinos in (dentro de) + videre (olhar), que indicam o desejo de desviar o olhar de algo que incomoda. "Olhar para dentro" é o contrário de olhar para fora, onde o objeto do desejo está. O Olhar para dentro indicaria um sentimento de negação do objeto desejado.
Desta forma, é imperioso que o objeto desejado "desapareça" do campo de visão de quem o deseja. Este processo remete à destruição do objeto, seja de forma objetiva ou subjetiva (destruindo a representação do objeto desejado)
Onde nasce a inveja?
Melanie Klein (1991) aponta que a inveja é uma emoção muito arcaica que remonta ao nascimento, no sentimento de frustração que surge no momento em que as necessidades não são atendidas. A frustração é o sentimento oriundo da ausência de gratificação, que remontaria ao sentimento de raiva por precisar de (ou desejar) algo inacessível (em dado momento).
Como se manifesta
O desejo de destruição existe para eliminar os parâmetros de comparação e se manifesta pela negação:
"Eu não queria mesmo....""Nem reparei que você tingiu o cabelo"
Neste caso há uma tendência a destruir o objeto de forma subjetiva. Por não existir a possibilidade de destruir o objeto que incomoda de forma objetiva, o invejoso o faz de forma subjetiva, desviando o olhar daquilo que tanto o incomoda.
Ou pela racionalização:
“Claro que ela tirou notas boas. Passou a noite inteira estudando. Não fez mais do que obrigação”.
Nestas circunstância, a tendência é minimizar os méritos do outro, simplificando o processo e banalizando os méritos.
Outra forma de manifestação muito presente nos diversos contextos, é a tendência de algum indivíduo se colocar na posição de objeto de inveja: em geral, têm dificuldades em reconhecer suas limitações, passando a viver em um mundo imaginário de superioridade. Estas pessoas acreditam que o outro o persegue, uma vez que não consegue lidar com sua pouca habilidade de solucionar conflitos, e adaptar-se aos novos contextos.
Inveja Branca
Quando falamos de “inveja branca”, não estamos nos referindo ao mesmo conceito, uma vez que esta “inveja branca” pode ser entendida como “Admiração”. A diferença básica é que na admiração não há desejo de destruição do outro e sim uma tendência à imitação (que pode ser bastante prejudicial se não houver parâmetros, já que pode ser entendida como uma espécie de roubo de identidade).
Referências
FIGUEIREDO, Maria Flávia; FERREIRA, Luis Antonio. Olhos de Caim: a inveja sob as lentes da linguística e da psicanálise. Sentidos em movimento: identidade e argumentação. Coleção Mestrado em Lingüística. 2011 - publicacoes.unifran.br
KLEIN, Melanie. Inveja, Gratidão e outros trabalho. Rio de Janeiro. Imago: 1991.
Desde 2013, atuando exclusivamente ncomo psicóloga clínica em SP, tratando pacientes com Depressão, Ansiedade, fobias, crises de pânico, prevenção ao suicídio.
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