Definição
A palavra ciúme deriva do latim Zellumen, que significa "zelo" "cuidado". Remete à tendência a zelar daquele objeto que apreciamos. Provoca emoções negativas como a raiva e a tristeza, uma vez que surge quando percebe-se a existência de ameaças reais de perdas, portanto trata-se de uma emoção normal, que surge em contextos pontuais.
Há quem diga que o ciúme é o tempero do amor, mas será justo temperar uma relação com o sofrimento alheio?
Sentir ciúme é algo normal, porém as reações podem (e devem) ser controladas.
Há quem diga que o ciúme é o tempero do amor, mas será justo temperar uma relação com o sofrimento alheio?
Ciúme normal
É normal sentir ciúme podem ocorrer quando o (a) parceiro (a) é claramente cortejado (a) ou corteja outra pessoa, dentro daquilo que o casal entenda como cortejo. Alguns comportamentos invasivos de terceiros, podem exigir que o casal se posicione de maneira firme, para evitar importunações. Infelizmente, isto ocorre com muita frequência.
Ciúme patológico
A Síndrome de Otelo é uma referência à obra de Shakespeare, cujo personagem, cego de ciúme, mata sua esposa Desdêmona, por acreditar que o havia traído.
São conjuntos de reações de ciúme agudas e infundadas. Quando se envolve com alguém, é comum que a insegurança aumente, pois acredita que "quando ele (ela) descobrir que não tenho valor vai me abandonar". Deste modo, toda e qualquer aproximação parece ameaçadora. Aliás, todo e qualquer pensamento de abandono é vivenciado como real.
A patologia começa no ponto em que o indivíduo acredita que seus pensamentos são reais, distorcendo evidências contrárias, de modo a justificar suas ideações e se comportar como se isto fosse real. Em outras palavras: desenvolve pensamentos paranoides.
Neste ponto, há uma tendência a seguir a pessoa amada, vasculhar seus pertences, exigir senhas das redes sociais, brigar por qualquer coisa, etc.
Em alguns casos, os indivíduos podem até discutir com amigos (as) de seu (sua) parceiro (a), causando situações extremamente desagradáveis e constrangedoras.
De modo geral, a pessoa ciumenta tende a alimentar crenças de desamor e menos valia, o que a leva a imaginar que não seja merecedora de afeto, ou que recebe afeto insuficiente. Suas bases afetivas geralmente foram constituídas de modo precário longo da vida:
- Possivelmente não recebeu atenção suficiente ao longo do desenvolvimento, passando a cobrar dos parceiros afetivos é comum que a insegurança aumente, pois acredita que "quando ele (ela) descobrir que não tenho valor, certamente vai me abandonar". Deste modo, toda e qualquer aproximação parece ameaçadora. Aliás, todo e qualquer pensamento de abandono é vivenciado como real.
ou
- recebeu muita atenção e mimo dos cuidadores, desenvolvendo assim, a tendência de acreditar que todos lhe devem atenção constante, imaginando-se prioridade na vida do parceiro (a)
Isto pode levar a uma relação de dependência afetiva, pois sua única fonte de segurança será o controle total sobre o outro.

Psicóloga bem avaliada em São Paulo
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